Debate sobre literatura polar infanto-juvenil
Aconteceu em São Paulo a segunda edição da Mostra Brasileira de Filmes Polares, evento que visa alcançar e ampliar o público de jovens e adultos interessados em contribuir para a mitigação dos impactos ambientais globais através da apresentação de filmes e documentários, além de projeções fotográficas.
Mesas-redondas com pessoas que pensam e amam a vida nos lugares frios de nosso planeta foram apresentadas, entre elas a mesa sobre Literatura polar infanto-juvenil, em que Maristela Colucci compartilhou com o público suas vivências a bordo do veleiro polar Kotic, que resultou no livro ANTÁRTICA – Um mundo feito de gelo (Companhia das Letrinhas), e também contou sobre a feitura do livro FÉRIAS NA ANTÁRTICA (Grão Editora/Peirópolis), de autoria das Irmãs Klink, do qual foi uma das editoras.
Você pode garantir seus exemplares dos livros citados diretamente nas editoras:
https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788574062808/antartica
https://www.editorapeiropolis.com.br/produto/ferias-na-antartica/

Fotografias no FASA - Festival de Artes e Saberes das Águas
De julho a setembro de 2024, o FASA – Festival de Artes e Saberes das Águas celebrou o valor cultural, social e os costumes em torno deste elemento vital em seis municípios de São Paulo, que representam a diversidade hidrográfica do Estado. ILHABELA entre eles.
No magnífico Teatro de Vermelhos, em plena floresta atlântica, o FASA apresentou espetáculos com renomados nomes da música nacional e artistas locais, palestras e visitas guiadas com personalidades comprometidas com questões ambientais das águas de cada território.
Os artistas regionais tiveram posição de destaque no festival, que jogou luz sobre a produção cultural de cada território visitado, trazendo ao público trabalhos artísticos locais que estabelecem conexões com o universo das águas.
A exposição com fotografias de Maristela Colucci pode ser vista em:

VILLA BELLA no MIS - Museu da Imagem e do Som/SP
A exposição VILLA BELLA – Memória iconográfica de uma bela ilha (Ilhabela 1900–1980) chega a um dos mais importantes espaços culturais da capital paulista, o MIS, Museu da Imagem e do Som.
O projeto foi contemplado no Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Após a estreia na cidade de São Paulo, a mostra vai passar ainda pelo Teatro Municipal de Ubatuba, entre 17 de maio e 8 de junho, e depois segue para Caraguatatuba, onde poderá ser vista no Museu de Arte e Cultura (MACC), de 20 de junho a 20 de julho.
Organizada pela fotógrafa paulistana Maristela Colucci, a exposição reúne 69 imagens retratando momentos do passado que permeiam a cultura e a vida dos moradores de Ilhabela, marcando especialmente a transição de Villa Bella para Ilhabela.
O material iconográfico abrange registros entre 1900 e 1980, período que coincide com a evolução da fotografia e com a consolidação de uma cultura múltipla e complexa dentro do arquipélago. A partir da década de 1990, ao mesmo tempo que assistimos ao início de uma grande mudança na captação e no compartilhamento de fotografias, vemos o turismo de massa se intensificar e interferir em hábitos locais, descaracterizando ambientes, geografia e modo de vida tradicional caiçara.
A exposição é fruto de uma profunda pesquisa sobre essa pluralidade cultural. Durante o processo, Maristela Colucci deparou-se com acervos particulares de famílias caiçaras e dos primeiros imigrantes e veranistas. Ao longo da jornada de pesquisa e concepção da mostra, foram encontradas diversas fotografias em papel – cujos negativos se perderam –, armazenadas em caixas, álbuns e, algumas poucas, emolduradas. No caso dos slides, a conservação não era ideal e as imagens apresentavam marcas de manuseio e fungos. A maior surpresa foi encontrar daguerreótipos feitos nas décadas de 1920 e 1930.
Com o intuito de compartilhar o acervo para mais pessoas, as imagens estão disponíveis para pesquisa e acesso online no Instagram do projeto:

Série na TV Cultura: Guardiões do Mar
O mar é o berço dos primeiros seres vivos que habitaram o nosso planeta. Passados milhões de anos, continua a ser o habitat de incontáveis espécies e é fundamental para que a vida exista na Terra. Mas o mar está continuamente ameaçado pelos impactos da ação humana. A conservação do oceano e da vida marinha é urgente e inadiável.
Nesta série da TV Cultura vamos encontrar pessoas de diferentes profissões e bagagens, mas todas com algo em comum: o amor pelo mar e um trabalho incansável para conservá-lo.
Direção de Pedro Gorski. Produção Grifa Filmes.
Festival de Fotografia de Tiradentes - Foto em Pauta
O ensaio inédito “Só pode ser brincadeira” é selecionado para a projeção coletiva “Diálogos da Terra”, no 13º Festival de Fotografia de Tiradentes.

Fotografia brasileira na Bibliothèque nationale de France - BnF
Matéria sobre o lançamento de um fundo para a fotografia brasileira (Jornal da Band, 15/03/2023).
Maré Sonora: entrevista no podcast de Marina Guedes, para navegar em conversas inspiradoras
Em 2 episódios, um bate-papo descontraído sobre velejadas, mergulhos, expedições e as lições de vida a bordo do veleiro polar Kotic.
Episódio #128: Fotógrafa e designer, Maristela Colucci tem uma forte ligação com o mar. No primeiro trecho desta série, ela recorda o susto que vivenciou durante um mergulho no Brasil. De sua casa, em Ilhabela, Maristela também fala sobre as experiências em que registrou belas expedições do velejador Beto Pandiani.
Episódio #129: Maristela Colucci fez memoráveis viagens junto com a família Bely – pioneira em navegações em veleiros às regiões polares. Geórgia do Sul e Antártica foram alguns dos locais que a convidada desta série teve o privilégio de conhecer. Neste bate-papo, Maristela fala sobre os aprendizados que estas vivências lhe trouxeram, e como era fotografar em destinos gelados.
Episódio #128: https://open.spotify.com/episode/36vZLpe5oPqbcPa0ioEQEu?si=K-ihIfYkQLGka6w5RmTNxQ
Episódio #129: https://open.spotify.com/episode/7fprcF1dPk6o8XyZM0Yf2i?si=4tih3wToT5qA0Nu84m-yiQ

Exposição Villa Bella - Memória iconográfica de uma Bela Ilha (Ilhabela 1900-1980)
Uma travessia no tempo
Durante os últimos 10 anos, sonhei reunir fotografias antigas de Ilhabela que eu sabia estarem guardadas como tesouros sem mapas conhecidos. Recentemente fui tateando até os caminhos me levarem a alguns dos guardiões dessas preciosidades. Essas pessoas, de 60, 70, 80 e até 98 anos abriram-me generosamente suas casas, seus álbuns, suas caixas, suas vidas.
Embalados em suas memórias, revisitamos os engenhos em plena atividade, cruzamos o canal em canoa a remo e a pano, vimos o comércio com Santos florescer e, depois, minguar.
Embarcamos em lendárias canoas que transportavam de produtos a noivos, convidados e também mortos. Acordamos no meio da noite encantados com os foliões de Reis nas nossas portas e janelas.
E navegamos em procissões de São Pedro, e assistimos e nos envolvemos tanto com a Congada, que até escutamos o som da marimba.
Fomos prá lá e prá cá a pé e de bicicleta, desequilibrando-nos nos trechos por vezes arenosos das picadas entre as praias.
Caminhamos muitos quilômetros para chegar diariamente à escola. Puxamos picaré com os adultos. Ouvimos o som do berrante chamando-os ao mar quando a tainha entrava.
Jovens, nos juntamos com amigas e amigos no pontão da Vila para tocar e cantar e, às vezes, dançar. Esse nosso cotidiano foi parar até nas telas do cinema, quando chegou aqui, no final da década de 1940, a primeira produção da Cia Cinematográfica Vera Cruz, para o filme Caiçara.
Aos poucos fomos recebendo os primeiros imigrantes e também os primeiros veranistas. Vimos a arquitetura se transformando diante das novas demandas. Testemunhamos a chegada dos primeiros automóveis à ilha. E de muitos outros quando a balsa iniciou sua operação. Aí já estávamos batendo às portas da década de 1960.
Avançamos ainda pelos anos 1970 e continuamos pulando Carnaval e tingindo as águas do Canal ao final do Banho da Dorothéa.
Tantas lembranças e emoções nos levaram a essa viagem que as fotografias aqui revelam. Elas, que têm o poder mágico de atravessar o tempo, mesclando passado e futuro.
Todos os depoimentos mostraram um ponto comum: o amor a Ilhabela.
E é com esse olhar amoroso que lançamos à Villa Bella da Princesa-Vilabela-Formosa-Ilhabela desde o início do século passado, que chegamos ao dia a dia corrente, com certa nostalgia e a vontade confessa de ter realmente vivido aqueles tempos simples e libertos.
Seguimos viagem, carregados agora de uma visão mais ampla e de novos sentimentos que nos fazem entender melhor os dias atuais e lutar por um presente e um futuro dignos a esta terra e a seus habitantes, os originais e aqueles que um dia fizeram essa travessia guiados pelo coração.
Maristela Colucci
A mostra acontece de 1/12/2021 a 15/2/2022 na Fundação Arte e Cultura de Ilhabela (Fundaci), através da Lei Aldir Blanc e financiada pelo Fundo Municipal de Cultura do Município de Ilhabela.
Pint of Science
Arte e ciência sempre andaram juntas.
O Brasil recebe pela primeira vez o Creative Reactions, festival promovido pelo Pint of Science no mundo todo, em que são apresentadas obras de arte criadas em conjunto com cientistas. Os trabalhos tratam temas como átomos e galáxias, mentes maravilhosas, civilização e sociedade, corpo e saúde, planeta Terra e inovação e tecnologia.
O movimento Creative Reactions surgiu em 2015 em Cambridge, no Reino Unido.
Imagem inspirada em artigo publicado na Revista Science: A ingestão do plástico como armadilha evolutiva: Em direção a uma compreensão holística, que apresenta o impacto do material nas cadeias alimentares e em diversos ramos da árvore da vida.
O artigo é assinado pelos brasileiros Robson G. Santos e Ryan Andrade e pelo argentino Gabriel E. Machovsky-Capuska. Os três estudam como a ingestão de plástico provocada por ações humanas é um problema para a evolução das espécies animais do mar, da terra e da água doce.











